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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Hidrografia do Maranhão: Resumo | Geografia

O território maranhense é drenado por rios limítrofes e rios genuinamente maranhenses. Entre os rios limítrofes está o rio Parnaíba, que separa o Maranhão do Piauí. O rio Gurupi também atua como divisor entre o Maranhão e o estado do Pará. Além disso, o rio Tocantins marca o limite entre o Maranhão e o estado do Tocantins. Temos ainda o rio Manuel Alves Grande.

Entre os rios genuinamente maranhenses, destaca-se o rio Itapecuru. Ele nasce no planalto maranhense, no centro-sul do estado, corta diversos municípios e deságua no golfão maranhense, na baía de São José. O rio Itapecuru é de grande importância, pois abastece São Luís por meio do projeto Italuís, construído durante o governo de João Castelo.

Outros rios relevantes incluem o Rio Mearim, que também nasce no planalto maranhense e deságua no golfão maranhense, e o rio Grajaú, um importante afluente do Rio Mearim. O rio Pindaré, o mais significativo do oeste maranhense, deságua na baía de São Marcos.

Além desses, temos os rios Periá e Preguiças, que deságuam no litoral oriental, e os rios Turiaçu e Maracaçumé, que deságuam no litoral ocidental.

Os rios genuinamente maranhenses estão subdivididos em quatro categorias: bacias primárias, bacia do golfão, bacia do litoral oriental e bacia do litoral ocidental. Essa classificação leva em consideração o local onde os rios deságuam.

Além das bacias mencionadas, o Maranhão possui uma extensa bacia lacustre. Essa formação lacustre, localizada a oeste da baía de São Marcos, na chamada baixada maranhense, é a maior do Nordeste brasileiro.

Devido à litologia predominante no Maranhão, que é caracterizada por bacias sedimentares, e às condições climáticas, especialmente o clima quente e úmido, formou-se ao longo do tempo geológico um grande reservatório de água subterrânea. O Maranhão possui um vasto potencial hídrico subterrâneo, sendo que a maioria dos municípios maranhenses é abastecida por poços.

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que divide as bacias hidrográficas brasileiras em regiões hidrográficas, classifica os rios genuinamente maranhenses e o rio Gurupi como pertencentes da Bacia do Nordeste Ocidental.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Relevo Maranhense: Resumo | Geografia

O relevo do território maranhense tem predominância de baixas cotas altimétricas. No conjunto do relevo maranhense, encontramos 60% do território com formação de planície, que se encontra subdividida em planície costeira, planície litorânea e planícies fluviais.

Os 40% restantes representam as áreas planálticas e, no conjunto, formam o que chamamos de planalto maranhense, que se encontra subdividido em planalto meridional, planalto ocidental e planalto oriental. O planalto meridional se destaca pela serra da Mangabeira. O planalto central se destaca pelas serras da Cinta, Serra Branca, Serra Negra, Serra do Itapecuru. O planalto ocidental se destaca pelas serras da Desordem, Tiracambu e a Serra do Gurupi. Além disso, temos ainda o planalto oriental onde se destaca a Serra do Valentim, que impede que as águas do rio Itapecuru deságuem no rio Parnaíba.

Um detalhe importante é que, na classificação de Aroldo de Azevedo, o planalto maranhense faz parte do Planalto Central. Já na classificação de Aziz Ab’Saber, o planalto maranhense faz parte do Planalto do Meio-Norte (em classificação da década de 1960). E em 1989, com a classificação do geógrafo Jurandyr Ross, o planalto maranhense faz parte da classificação onde temos planaltos e chapadas da bacia sedimentar Piauí-Maranhão.

O que faz com que esse relevo planáltico do Maranhão seja de baixa altitude foram as ações erosivas, principalmente a erosão fluvial, já que grande parte dos rios maranhenses nasce na porção Centro-Sul. Além disso, temos a questão da dinâmica climática, já que o Maranhão apresenta climas úmidos e subúmidos. Predomina no Maranhão o clima tropical. Na parte oeste do Maranhão, o clima é equatorial. Esses são os dois fatores importantes, mas não devemos esquecer a estrutura geológica. Predomina no Maranhão bacias sedimentares, 90%. As bacias sedimentares foram formadas por deposição de sedimentos ao longo do Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico. No Maranhão, predomina a bacia sedimentar do Mesozoico. E 10% do território maranhense é de formação cristalina do Pré-Cambriano. O núcleo de Gurupi e fragmentos cristalinos de São Luís chegam até a região de Rosário.

Revolução Russa de 1917 : Resumo | História

Havia muitos antecedentes que desencadearam a Revolução Russa de 1917, como, por exemplo, o atraso econômico da Rússia em relação a outros países europeus. O Império Russo na época era conhecido como o “Gigante dos Pés de Barro”. Apesar da libertação dos servos em 1861, a maior parte dos trabalhadores rurais vivia em péssimas condições, sendo a fome muito comum nas áreas rurais da Rússia, gerando uma tensão de classes crescente entre camponeses e burgueses.

Outro fator foi a chegada da industrialização nas cidades através de capital estrangeiro, fazendo com que os trabalhadores pouco a pouco começassem a se organizar em busca de melhores condições. Afinal, a exploração também acontecia nas cidades. Em 1905, a humilhante derrota na Guerra Russo-Japonesa desencadeou uma série de revoltas internas contra o regime absolutista do Czar Nicolau II, com greves e protestos explodindo em diversas regiões do império. Ainda em 1905, aconteceu o Domingo Sangrento, episódio também conhecido como Ensaio Geral, onde guardas do czar receberam os manifestantes a tiros em frente ao palácio real.

A situação ficou insustentável em 1914, quando a Rússia decidiu entrar na Primeira Guerra Mundial, mesmo estando devastada economicamente. A crise militar gerou até falta de munição durante o conflito, o que resultou na perda de milhões de soldados e piorou as tensões entre o governo e a população. A primeira fase do levante socialista ocorreu em 1917, com a Revolução de Fevereiro, liderada pelos mencheviques. Uma marcha pelo Dia das Mulheres acabou se transformando num protesto generalizado contra a situação da Rússia. Os proletários invadiram o palácio do czar, em São Petersburgo, e forçaram a sua renúncia, organizando-se em um governo provisório, com uma Assembleia Constituinte.

A política estava dividida entre bolcheviques e mencheviques, representados por inúmeros partidos socialistas e liberais.

No entanto, a permanência na Primeira Guerra ainda causava revolta entre os trabalhadores. O cenário de instabilidade chegou ao ápice quando tropas ligadas ao czar fizeram uma tentativa de retomar o poder monárquico, sendo impedidas pelo Exército Vermelho de Leon Trotsky, um dos grandes líderes da revolução. Tudo isso abriu caminho para a Revolução de Outubro, quando os bolcheviques promoveram a derrubada do governo provisório, tomaram o poder e fecharam a Assembleia Constituinte, liderados por Vladimir Lenin e suas Teses de Abril, de pão, terra e paz para o povo russo. O Partido Operário Social-Democrata Russo também retirou a Rússia da Primeira Guerra, aplicou a coletivização dos campos e introduziu medidas sociais para conter a miséria no país.


Em 1921, Lenin lançou ainda a Nova Política Econômica, NEP, que, na prática, é um recuo comunista de guerra centralizador. Ele permite a criação de pequenas propriedades privadas e a entrada de investimentos estrangeiros. Era a teoria de dar um passo para trás para poder dar dois passos para frente.

Finalmente, chegava a queda total da autocracia russa. Porém, a revolução não salvou a Rússia de uma sangrenta guerra civil entre os apoiadores do Exército Vermelho e os do Exército Branco, formado por monarquistas e nações capitalistas.

Em 1922, Lenin conseguiu que fosse aprovada a fundação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Movimentos da Terra: rotação e translação

A Terra executa vários movimentos, mas dois se destacam em termos de importância: os movimentos de rotação e de translação. São movimentos que geram consequências diretas para nós, seres humanos.

O movimento de rotação é aquele que a Terra executa em torno de seu eixo imaginário, ou seja, ao redor de si mesma. É o giro constante que a Terra realiza. Esse movimento de rotação tem uma duração de 23 horas, 56 minutos e 04 segundos. Mas, historicamente, convencionou-se que a rotação tem uma duração de 24 horas. A rotação é responsável pela ocorrência dos dias e das noites. Veja bem, se esse movimento não ocorresse constantemente, a Terra teria somente um lado iluminado. Nós teríamos constantemente uma parte da Terra iluminada e muito quente e o outro lado sem luz, com temperaturas muito baixas. O movimento de rotação é, portanto, fundamental para a manutenção da vida no planeta. E esse movimento de rotação ocorre no sentido anti-horário. Esse movimento também é contínuo, pois não existe nenhuma força que impeça a Terra de se movimentar, que pare a Terra. Uma das comprovações mais simples que você pode ter a respeito do movimento de rotação é o chamado movimento aparente do Sol. É como se o Sol desenvolvesse um movimento no céu ao longo do dia. Mas não é o Sol que se movimenta, quem se movimenta é a Terra. Então, a partir do momento em que observamos o movimento aparente do Sol, podemos comprovar o movimento de rotação do planeta. E embora pareça muito lento, o movimento de rotação é bastante rápido, ocorrendo a uma velocidade aproximada de 1666 Km/h.

O movimento de translação é aquele que a Terra executa ao redor do Sol. Tem uma duração aproximada de 365 dias e 6 horas. É importante considerarmos essas seis horas porque, ao final de 4 anos, ou seja, ao final de quatro translações, elas se acumulam para dar origem ao dia 29 de fevereiro, um dia extra no nosso calendário. Quando o mês de fevereiro tem 29 dias, temos, portanto, a ocorrência do ano bissexto. É muito importante que esse ajuste seja feito, essas horas que excedem os 365 dias da translação, para que não haja mudanças no início e fim das estações do ano. O movimento de translação gera o nosso ano de 365 dias. O movimento de translação não é um movimento circular, mas sim elíptico. Assim, existem dois momentos especiais em que a Terra estará mais distante ou mais próxima do Sol. O momento em que a Terra se encontra mais distante do Sol é chamado de afélio, e o momento em que ela se encontra mais próxima do Sol é o periélio. Além de condicionar o nosso calendário anual, ou seja, uma translação da Terra sendo igual à ocorrência de um ano, o movimento de translação também é importante porque ele gera a ocorrência das estações do ano. Então, quando falamos em verão, estamos nos referindo a um momento em que o hemisfério norte ou o hemisfério sul recebe mais luz solar. O verão é caracterizado pelo período do ano em que os dias são mais longos que as noites. O inverno é o contrário; ocorre no hemisfério norte ou no hemisfério sul, a partir da menor recepção de luz solar. Nesse caso, o inverno pode ser caracterizado como o período do ano em que as noites são mais longas que os dias. A primavera e o outono são as estações mais equilibradas, em que os dias e as noites têm durações semelhantes.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Problemas ambientais urbanos

A questão ambiental é um dos grandes problemas no mundo atual. Ela está presente nas discussões políticas de todos os países. O tema ambiental deixou de ser apenas uma questão ecológica e passou a ser amplamente debatido sob as perspectivas econômica e política. As preocupações com o meio ambiente têm aumentado consideravelmente. Esse aspecto é fundamental desde a segunda metade do século XX.

Então, a partir desse período, o ser humano começa a entender que o meio ambiente reage às práticas e ações humanas. E, a partir disso, é possível observar que podemos dividir os problemas ambientais de acordo com sua origem. Assim, podemos compreender os problemas ambientais globais, os problemas ambientais das áreas rurais e os problemas ambientais das áreas urbanas.

Se a gente parar para analisar os problemas ambientais urbanos, é possível identificar causas. A verdade é que eles decorrem da primeira revolução industrial. A partir do processo de industrialização, as cidades vão crescer muito e normalmente crescem de forma desordenada, ou seja, sem planejamento. Além disso, é preciso considerar o aumento da população. Quanto mais pessoas, mais o ambiente vai sofrer, sem dúvida alguma. Portanto, é muito importante entender que é possível identificar problemas ambientais ligados ao ambiente urbano, ou seja, às cidades, a partir da industrialização maciça, ou seja, a partir da primeira revolução industrial.

Quando se pensa nos problemas ambientais ligados à cidade, a poluição atmosférica é frequentemente a primeira que vem à mente. Ela resulta naturalmente da atividade industrial, do uso de veículos em massa no ambiente urbano e também das queimadas no meio rural. Esses fatores afetam diretamente a qualidade do ar nas cidades. No contexto urbano, três problemas associados à poluição atmosférica são nitidamente identificáveis:
  • Ilha de calor: Esse fenômeno ocorre nos centros das grandes cidades, onde a temperatura é significativamente mais alta do que nas áreas circundantes. A poluição, a ausência de vegetação e o excesso de pavimentação dos solos contribuem para esse aumento de temperatura.
  • Inversão térmica: Trata-se de uma ruptura no ciclo natural do ar. Em vez de subir, o ar frio fica preso próximo à superfície, impedindo a dispersão dos poluentes. Isso agrava a poluição atmosférica.
  • Chuva ácida: A chuva carregada principalmente de derivados de ácidos de enxofre cai sobre a superfície, causando danos a lavouras, monumentos e outros elementos. Esse fenômeno é resultado da poluição atmosférica e tem impactos significativos.
Outro grande problema ambiental urbano são as enchentes que afligem as grandes cidades. As enchentes estão associadas basicamente ao fato de que os solos no ambiente urbano são muito pavimentados, ou seja: tem muito asfalto, tem muita calçada. E aí quando chove a água da chuva não tem como mais infiltrar no solo, como é o processo natural. E associado a isso, o fato de que a infraestrutura subterrânea de captação dessa água da chuva, normalmente não é bem feita. Resultado: a água fica sobre a superfície. Enchente é um sintoma de cidade que cresceu de maneira desordenada, é um sintoma clássico e está presente na maioria das grandes cidades do mundo.

Um problema ambiental que aflige a humanidade de modo geral é a questão do lixo. O destino dos nossos resíduos é algo realmente preocupante. Hoje, existem discussões sobre como gerar menos lixo ou produzir lixo que seja menos nocivo ao meio ambiente. Nas cidades, o lixo basicamente tem dois destinos: os lixões e os aterros sanitários. Vamos entender melhor cada um deles:
  • Lixões: Os lixões são ambientes onde o lixo é armazenado sem nenhum cuidado. Na verdade, ele é depositado a céu aberto, o que gera proliferação de doenças, poluição do solo e contaminação dos lençóis freáticos devido ao chorume. O chorume é aquele líquido escuro e fétido que sai do lixo e pode ser altamente prejudicial. A Organização Mundial da Saúde indica que os lixões devem ser abolidos em todo o mundo. No entanto, essa prática ainda é comum em muitas cidades brasileiras.
  • Aterros sanitários: Os aterros sanitários são obras de infraestrutura construídas com todas as técnicas da engenharia para receber o lixo urbano. Diferentemente dos lixões, o lixo não fica em contato direto com o solo. O chorume é recolhido nos aterros sanitários, o que evita sua infiltração na água da chuva e a contaminação do lençol freático. Assim, o solo não é poluído. No entanto, a construção e manutenção de aterros sanitários são caras. Além disso, para que funcionem adequadamente, é necessário que o poder público invista na captação e no recolhimento do lixo reciclável. O lixo reciclável não deve ir para o aterro sanitário, pois esse local é destinado principalmente ao lixo orgânico, que é tratado sem degradar o meio ambiente.

Em grandes cidades, especialmente naquelas que crescem de forma muito desordenada, ou seja, sem planejamento, as águas que cortam essas cidades, os mananciais, normalmente são poluídos. A poluição das águas é outro fator muito marcante em cidades grandes e representa um dos problemas ambientais mais preocupantes. Essa poluição das águas das grandes cidades está ligada sobretudo ao lançamento do lixo nas águas, também ao resíduo do esgoto que não é tratado. Portanto, se não há uma obra ou sistema de saneamento básico que funcione bem, o esgoto produzido nas casas das pessoas que moram em cidades grandes vai parar nos rios. 

Lixo no rio, em um local sem saneamento báscio.

O tratamento de esgotos é fundamental também para a proteção dos rios que cortam as grandes cidades. E se não há coleta de lixo eficiente, muitas pessoas lançam seu próprio lixo nos rios urbanos. Esses são dois elementos extremamente nocivos para as águas urbanas: o lançamento de lixo in natura e esgoto sem tratamento.

E outros aspectos ligados à questão ambiental das cidades dizem respeito à poluição visual e sonora. Esses dois tipos de poluição afetam diretamente a qualidade de vida dos habitantes urbanos. As cidades são naturalmente barulhentas. A poluição sonora nas cidades está diretamente relacionada ao seu crescimento: muitos veículos e propagandas nas ruas contribuem para o aumento do volume sonoro. Para manter a qualidade do ambiente urbano, são necessárias leis e regulamentos municipais que estabeleçam limites para o volume de som permitido em áreas urbanas. Infelizmente, nem sempre essas regras são respeitadas. Além disso, a poluição visual está ligada à publicidade e ao marketing. Outdoors, fachadas de lojas e outros elementos de marketing são projetados para atrair a atenção do público, mas muitas vezes acabam prejudicando a estética do ambiente urbano.